quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Roda de samba


Ciranda de roda, samba de roda da vida. Que girou, que gira. E faz vc girar e perder a cabeça. Da moça da saia rendada, da barra da saia amarela, de laço vermelho nos cabelos. Dos cabelos, compridos. E não me comprometa nas minhas palavras, nem trança nas minhas pernas. E eu que estava enconstado ali. Era uma mensagem, eu lia uma mensagem, mas não desifrava não.

Não gosta das minhas musicas, reclama do meu jeito, fala mau das minhas roupas, fala das minhas manias.  Fala que derrubei agua no chão. Que eu fiz lameira. Reclama que meu samba parece macumba. Fala que o cabelo que tah em cima da mesa é meu. Cabelo loiro comprido, quebrado, esticado, mau tratado ao contrario do meu castanho e curto. 


Não me importo que fale pois depois que eu cai naquela roda de samba de repique de mão, pandeiro, tantan e tamburi e violão. Saracutiava em pé, não me parava no lugar um segundo. Puxei um samba antigo de João Nogueira, alguém trouxe Noel da Vila e Beth Carvalho. Aquilo sim mudou meu humor. Daqui pra frente pro samba agora eu to. 

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